História

O INÍCIO:

A região era primitivamente habitada por indígenas do grupo Tapes, e, com a chegada dos jesuítas e espanhóis, a partir de 1626, iniciou-se um sistema de redução para catequizá-los.

Santa Rosa integrava o território dos Sete Povos das Missões, fundados pelos jesuítas e pertenceu, sucessivamente, a Porto Alegre, Rio Pardo e Santo Ângelo. Em 1876, o município de Santo Ângelo foi subdividido e criado o Distrito de Santa Rosa. Contudo, a efetiva colonização só ocorreu a partir de 1915, quando entrou em execução um vasto plano de loteamento de terras para assentar os nacionais que já habitavam a região.

No ano anterior, Quintino Zanella e mais alguns companheiros, ergueram o acampamento no local onde hoje está construído o Colégio Santa Rosa de Lima. Assim estava fundada a Colônia 14 de Julho. Os primeiros povoadores foram os próprios funcionários do serviço de agrimensura, mais tarde, ocorreu a colonização propriamente dita, quando afluíram descendentes de alemães e italianos, e outras etnias em menor escala.

As famílias se instalavam nas proximidades do acampamento, derrubavam matas, construíam casas e faziam lavouras. A ocupação dessas terras aconteceu rapidamente, sendo que em 1920 a Colônia já contava com 11.215 habitantes. A idéia da emancipação surgiu em 1927, quando a Colônia já estava com 35.000 pessoas e uma boa arrecadação. A energia elétrica chegou à cidade em 1922. José Pittas era o dono do gerador. Em 1928, começou a funcionar o Cine Odeon, de Agostinho Frainer. Durante quatro anos Frainer passou seus filmes em um caminhão que circulava pelos povoados. O cinema fixo localizava-se onde hoje é o Salão Paroquial, na Rua Sinval Saldanha. Atualmente acontecem sessões de filmes no Centro Cívico e Cultural Antônio Carlos Borges.

Em 1929, a luta pela emancipação crescia rapidamente e o maior argumento dos emancipacionistas era a crescente arrecadação da Colônia.

Durante a campanha, uma comissão foi até a capital do Estado a fim de apressarem a emancipação. O jornal “A Serra” foi fundado para divulgar a campanha emancipacionista da Colônia. Assim, no dia 1º de julho de 1931, o general José Antônio Flores da Cunha (Interventor do Estado) assinava o decreto de emancipação do município de Santa Rosa. A solenidade de instalação do município de Santa Rosa aconteceu no dia 10 de agosto de 1931. Neste mesmo dia, tomou posse o primeiro prefeito, Arthur Ambros, nomeado pelo Interventor Federal do Estado.

Os primeiros progressos e melhoramentos em Santa Rosa foram feitos através da iniciativa de particulares. A estrada de ferro que ligava Santa Rosa a Santo Ângelo foi inaugurada em 12 de maio de 1940. Com ela aumentou a população, pois vieram muitos trabalhadores para cá. O telefone chegou ao nosso município em 1945, por iniciativa da Prefeitura Municipal.

FORMAÇÃO ÉTNICA DO MUNICÍPIO

A população de nosso município por pessoas pertencentes a diferentes grupos étnicos que aqui se estabeleceram. Os principais grupos que constituem a população do nosso município são os caboclos, descendentes do cruzamento entre indígenas e portugueses; os negros que vieram para a construção da Estrada de Ferro e do Quartel Militar de nosso município; os alemães que vieram para o Brasil a partir de 1824 até 1950, depois da II Guerra Mundial; os italianos que fundaram suas principais colônias entre 1870 e 1875, sendo elas Conde D’Eu (atual Garibaldi), Princesa Isabel (Bento Gonçalves), Colônia Caxias (Caxias do Sul); Silveiro Martins, Alfredo Chaves, São Marcos e Antônio Prado; os poloneses que chegaram ao Brasil por volta de 1894 e estabeleceram-se no litoral no centro do Estado, e na nossa região em Guarani das Missões, Três de Maio e outras localidades adjacentes. Existem muitas famílias de descendentes destes imigrantes residindo em Santa Rosa, e que atualmente estão se organizando com o objetivo de resgatar suas raízes culturais como: a língua, a música, a dança, a vestimenta, os pratos típicos, etc.

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